Boa escolha evita problemas na hora da construção e permite aproveitar melhor o espaço.
O melhor terreno para a construção é, sem dúvida, o plano. Isso porque ele não exige que se mexa na terra. Até por isso ele é caro. Mas os demais formatos também têm suas vantagens - Paulo Roberto Quevedo Andrade, engenheiro civil.
Um terreno abriga o sonho de um imóvel. É ele também que, dentro de suas características, determina o traçado do projeto, a arquitetura e suas possibilidades. Todo geografia tem suas vantagens e desvantagens. Mas é preciso estudar o local desejado antes mesmo de comprá-lo; isso evitará problemas com a obra, como despejo do esgoto, gastos extras com terraplanagem, e, por fim, ajudará a aproveitar melhor o que o local oferece.
O engenheiro civil Paulo Roberto Quevedo Andrade garante que na construção civil, "tudo é possível", ou seja, qualquer tipo de terreno pode ser utilizado. Mas ele também admite que há dicas determinantes para aproveitar melhor um espaço e não se arrepender do negócio. "O melhor terreno para a construção é, sem dúvida, o plano. Isso porque ele não exige que se mexa na terra. Até por isso ele é caro. Mas os demais formatos também têm suas vantagens", afirma.
Porém, espaços com pedras devem ser evitados, a não ser que o local seja amplo. "Num terreno de mil metros quadrados, uma pedra poderá ser aproveitada num jardim de inverno, por exemplo. Mas num espaço de 5 x 20 metros, a existência de uma pedra só encarecerá a obra. Dependendo do tamanho, será preciso contratar uma empresa para retirá-la", avisa. Além disso, terreno próximo de riachos, rios e córregos podem determinar prejuízos no futuro.
"Sorocaba já é uma cidade grande, cresceu muito nos últimos anos. As ruas estão asfaltadas e não há muito espaço aberto para a permeabilização da água da chuva. O que acontece? Ela corre para locais baixos, como rios e córregos. Risco para quem constrói próximo", observa. Os chamados terrenos de aterro também devem ser evitados. Segundo Andrade, são "sobras" de loteamento, com inclinações variadas e que são nivelados às custas de entulho e lixo.
"Muita gente, infelizmente, faz a "terraplanagem" com entulho. Joga o lixo, coloca terra e acerta um pouco o terreno para vendê-lo. Isso não é legal e só traz problemas ao proprietário. Se ao perfurar o terreno o lixo for descoberto, será preciso limpá-lo totalmente e depois colocar terra para nivelar o espaço. Isso encarece muito a obra. Mas para evitar, só chamando um profissional para analisar o local". Segundo o engenheiro, há alguns tipos de terreno em que somente especialistas são capazes de ajudar.
"Em espaços úmidos, por exemplo, é preciso descobrir qual a origem da água. Se for no subsolo, será preciso canalizá-la. Há várias empresas no mercado que auxiliam neste estudo", fala. E antes de comprar o terreno, aconselha, é preciso também averiguar a posição do sol, observando onde ele nasce e onde ele se põe. "O ideal é que o dia comece nos quartos e termine na cozinha ou sala - onde tomam mais sol durante o dia. Estes locais que tomam sol à tarde ficam mais quentes à noite e impossibilitam um sono tranquilo".
Por conta disso, ele aconselha os interessados em comprar um terreno a procurar um engenheiro. "Este profissional ajudará a pessoa a escolher um espaço bacana, dentro do que ela deseja, vendo se o solo é regular, se há espaço para circulação de ar, aproveitamento da luz natural", afirma.
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