As vendas de imóveis
residenciais na cidade de São Paulo projetadas para o ano de 2012 devem atingir
31,1 mil unidades, segundo a Pesquisa sobre Mercado Imobiliário realizada pelo
Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo
(Secovi-SP). Se alcançado, este número representará um crescimento de 10% em
relação as 28,3 mil unidades vendidas no ano passado, e movimentará cerca de R$
14,8 bilhões, R$ 1,3 bilhão a mais que em 2011.
O economista-chefe do
Sindicato da Habitação, Celso Petrucci, afirmou nesta terça-feira que o mercado
caminha para um equilíbrio: "Os números da pesquisa nos permitem supor que
há um processo de redução na diferença entre as unidades lançadas e as comercializadas",
afirmou.
A projeção de lançamentos
para 2012, na capital, totaliza 36,2 mil unidades, o que representa uma redução
de 5%. De acordo com Petrucci, o mercado imobiliário passa agora por um
processo natural de acomodação, mas que crescerá de modo sustentável ao longo
do ano.
O presidente do Secovi-SP,
Claudio Bernardes, salientou que as novas regras da poupança devem ser
positivas para o mercado: "Existe uma tendência de queda de juros para os
financiamentos imobiliários. Isso impactará positivamente o mercado". Ele
afirmou ainda que a manutenção de alta nas vendas de imóveis neste ano será
relevante para que o País atravesse mais uma onda anticíclica, sem se
contaminar com a crise que atinge os países desenvolvidos.
Petrucci ponderou que o
setor ainda não sentiu "efetivamente" o impacto da redução dos juros.
Mas as perspectivas do mercado paulista de imóveis para este ano são
favoráveis, por fatores como a reurbanização de áreas e criação de bairros
dotados de lazer, comércio, serviços e residência para todos os padrões. Ele
citou ainda fatores macroeconômicos, como baixas taxas de desemprego e aumento
da renda média e da massa salarial, para as expectativas positivas. (AE)
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