SÃO PAULO - O turismo de luxo é responsável, atualmente, por 2,5% da hotelaria nacional, mas deverá dobrar de tamanho nos próximos anos no País, por conta do crescente interesse dos clientes em conceitos de hospedagem sofisticada. Empreendimentos como o Tabatinga Hotel, Deville e Royal Tulip Belo Horizonte são alguns exemplos de empresas atentas à demanda que tem sido apurada pelo Ministério do Turismo no Brasil.
Outro termômetro do setor, aquecido, vem da pesquisa do Top Hotel Projects, que aponta: a construção de hotéis de luxo no mundo deve crescer 41% este ano, passando de 1.375 novos hotéis em 2011 para 2.358 novos, com lançamento em 2012.
Conforme a pesquisa, o crescimento será puxado principalmente pela hotelaria de luxo em países como China, Índia e Brasil.
Com diárias entre R$ 800 e R$ 1 mil em baixa temporada, o Tabatinga Hotel investiu R$ 15 milhões na Praia de Tabatinga, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, para entrar no roteiro de luxo da região.
O empreendimento resolveu apostar em festas temáticas para manter a alta ocupação dos quartos. "Trabalhamos com um público seletivo, diferenciado, e por isso houve essa necessidade de se criarem conceitos especiais. Entre eles estão festas com degustação de vinhos, rodadas gastrônomicas e eventos sociais", disse Marcelo Akabane, diretor de Marketing do Grupo.
Outra opção adotada pelo hotel foi a realização de eventos, casamentos e festas corporativas. "Estamos fechando nossa agenda para o ano com um grande número de eventos", diz Akabane.
Em Belo Horizonte (MG), um edifício de 27 andares na região central da cidade também se tornará um hotel de luxo. Com aportes de R$ 200 milhões, do grupo de investidores Royal Tulip Belo Horizonte, a previsão é que o empreendimento fique pronto até 2013. A gestão hoteleira vai ser do Brazil Hospitality Group (BHG), resultado da fusão entre InvesTur e Las Hotels, que tem como principal acionista a GP Investimentos.
O hotel terá 405 apartamentos de luxo e contará com um spa da marca francesa L'Occitane. Com a perspectiva de crescimento construtoras da região já se organizam para lançar prédios comerciais de luxo voltada para o varejo para atender a nova demanda. "A obra influi em todo o desenho econômico da região", afirmou Daniel Dantas Reis, consultor que participou da realização do projeto do Royal Tulip.
Já o grupo de hotéis Deville, paranaense, anunciou aportes de R$ 42 milhões em Campo Grande, em um hotel de luxo. As obras começaram no mês passado e o local terá 191 apartamentos e 4 suítes distribuídas em 10 andares. De acordo com o presidente da empresa, Jayme Canet Neto, o projeto terá 12 pavimentos, com seis salas de eventos em um terreno de 4,7 mil metros quadrados.
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