Estudo de abrangência nacional mostra que somente 30% do consumidores que compram imóveis para investimento têm o objetivo de alugar
A expectativa de valorização dos imóveis ainda motiva 70% dos investidores do setor, que compram com o objetivo de revenda. O restante, 30%, quer alugar.
Os dados são da Datastore, empresa de pesquisa de mercado com foco no setor imobiliário. O estudo, apresentado no Brasil GRI, é resultado da compilação das preferências de 75 mil consumidores em 400 localidades do País desde meados de 2010. São entrevistadas somente pessoas que declaram intenção de comprar um imóvel nos próximos 24 meses.
Na média brasileira, 60% dos compradores de imóveis têm o perfil morador e 40% é investidor. Com o recorte de uma faixa de renda menor - de três a seis salários mínimos - o perfil morador sobe para 75%.
Segundo Marcus Araujo, presidente da Datastore, a média de valorização dos imóveis no Brasil nos últimos anos foi de 55%, mas esse ritmo deve diminuir.
Comprar um imóvel na planta não é problema para a maioria: 98% aceitam a condição, pois acreditam na economia de dinheiro e têm a possibilidade de escolher as melhores unidades. Além disso, apostam na valorização do imóvel para revenda posterior.
Quantos dormitórios?
Os apartamentos de três dormitórios são os preferidos em todas as faixas de renda.
Nas famílias que ganham entre três e seis salários mínimos, 52% preferem um imóvel com três quartos e 48% com dois.
Para os consumidores com renda acima de seis salários, três dormitórios são a escolha de 57%, enquanto dois dormitórios, 34%. Os apartamentos com quatro dormitórios são preferidos por 8%. Um quarto: 1%.
De acordo com a pesquisa, a tendência atual para os imóveis de médio e alto padrão, com o encolhimento do número de pessoas nas famílias, é de que espaço do quarto dormitório seja transformado em uma terceira sala, que abrigue espaço para eletrônicos, como videogames, TV e computador. De acordo com Araujo, os lançamentos imobiliários já estão incorporando essa tendência.
Vaga na garagem
Com renda acima de R$ 6 mil, os consumidores que preferem apartamentos de dois dormitórios também querem duas garagens.
Segundo a Datastore, no entanto, com o preço médio de R$ 25 mil por uma segunda garagem, muitos compradores desistem e optam por empreendimentos com uma vaga, mesmo que depois tenham custos para manter um seguro mais caro para o segundo automóvel ou gastem com o aluguel de uma garagem.
Já para os que preferem três dormitórios, as duas garagens são pedido obrigatório, além de que o prédio tenha vagas para visitantes. Três salas e varanda gourmet com ligação direta com a cozinha do apartamento também fazem sucesso. "O lazer está migrando para dentro da residência", diz Araujo.
Localização
Na faixa de renda mais baixa - de três a seis salários mínimos - 90% aceitam morar longe do centro da cidade. Mas quando a renda aumenta (acima de seis salários), esse número cai para 50%, com a exigência de que as comunidades planejadas ofertem comércios e serviços, como escola, além de segurança e facilidade de vias de acesso.
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